15 abril 2008

Nós e a B.C.S.C.C.

Ora portanto, depois de imensas tentativas relativamente desesperadas para contactarmos uma verdadeira associação de Criptozoologia, apenas o senhor John Kirk (o próprio presidente da BCSCC!!!!!) se dignou a responder...

Aqui está um selo canadiano, com uma representação do ogopogo, que para os comuns motais, é o Monstros do Lago Ness, do Lago Okanagan, na Colúmbia Britânica, Canadá.

Este simpático canadiano, neto de uma imigrante portuguesa, como nos chegou a confessar, rapidamente respondeu ao nosso desesperado mail "portuguese students need assistance!". Depois de nos dar umas linhas orientadoras, às quais nos agarrámos sem medos, ainda teve a paciência de nos conceder uma "entrevista" via mail:

G» Como é entrou em contacto com o mundo da Criptozoologia?

JK» O meu interesse resulta de um "encontro" com um animal desconhecido no Lago Okanagan, em 1987. Depois desta experiência, descobri a Criptozoologia e toda a sua área de estudos, com a qual tenho estado sempre intimamente envolvido.


G» O que o prende à sua profissão?

JK» A Criptozoologia não é a minha profissão! È, antes, uma área de interesse à qual eu dou muito do meu tempo livre. As possibilidades de viver única e exclusivamente da Criptozoologia são muito remotas, se não inexistentes. No entanto, continuo envolvido com a ciência devido ao entusiasmo que ela me dá e à esperança de vir a descobrir um qualquer novo animal.


G» Já descobriu algum novo animal?

JK» Não.


G» O que espera conseguir com as suas buscas e pesquisas?

JK» Tenho esperança em conseguir encontrar provas da existência, ou não, de animais e espécies que ainda não tenham sido encontradas pela ciência comum. Espero encontrá-los e dar-lhes o devido lugar nos livros de taxonomia.


G» Acha que os métodos utilizados pela Criptozoologia são cientificamente aprovados?


JK» Com toda a certeza. A Criptozoologia pode inserir-se na Zoologia e, como tal, terá de seguir as suas regras. Se isso não fosse feito significaria que não era um trabalho científico.


G» Tem algum críptido favorito?

JK» Vários, até. Mas em especial aqueles relacionados com a Columbia Britânica, tais como o Ogopogo, Sasquatch, cadborosaurus ou a salamandra gigante.

G» Disse-nos que não considerava os chupa-cabras como críptidos. No entanto, em muitas das nossas pesquisas e em alguns livros de autores reconhecidos, como o Loren Coleman, verificámos a permanência dos chupacabras como seres estudados pela Criptozoologia. Afinal, são, ou não, críptidos?

JK» Eu não concordo com o ponto de vista do Loren Coleman de que os chupa-cabras sejam críptidos. Para mim, não passam de um mito, já que os avistamentos desta "criatura" são apenas feitos por pessoas que falam espanhol. Se há apenas um grupo linguístico que faz os relatos, embora em diferentes e variados locais, apenas se pode concluir que a ideia dos chupa-cabras está ligada á cultura das populações e não à biologia.


G» Quais são os métodos utilizados na escolha de um novo animal para estudo?

JK» Normalmente é escolhido um animal com base nos resultados que se esperam obter com a pesquisa. Por vezes escolhemos um animal que tenha sido recentemente avistado, o que faz com que as probabilidades de o encontrarmos não sejam tão reduzidas.


G» Como classifica a relação da "ciência normal" para com a Criptozoologia?

JK» São uma e a mesma coisa. Sem a ciência normal a Criptozoologia não teria qualquer fundamento.


G» Será que depois da confirmação científica da existência de um animal outrora desconhecido, este deixa de ser interessante?

JK» Infelizmente, é isso mesmo que sucede. Quando algum animal é identificado, como que perde o interesse, o mistério desaparece e passa a ser «só mais um». De facto isso nota-se no exemplo das lulas gigantes. Desde que a sua existência foi confirmada pela Zoologia, o interesse do público e mesmo de muitos cientistas, sobre esse fantástico animal tem diminuído imenso.

2 comentários:

Contigo Eu Consigo II disse...

Adorei a capa do jornal: "Chupa Cabras Matam e Aterrorizam". XD

Também concordo com o Sr. Se está apenas presente numa cultura, é bastante provável que seja uma lenda para essas pessoas. Também não há relatos de mais ninguém, mesmo... Nem turistas XD. Os chupacabras são uma ideia interessante, mas não passa daí.
Em todas as culturas há uma grande base de mito e superstição. Se formos ver os celtas, até eles têm os seus "Sidhes" e fadas e duendes. E essa ideia espalhou-se, porque foi imensamente divulgada, tanto em livros como filmes... Isso faz com que várias pessoas culpem essas entidades de fenómenos sobrenaturais que presenciam, pois ouviram a sua história e é a única explicação "lógica" que encontram.

Agora os chupa cabras são pouco conhecidos, ninguém sabe o que fazem ou se fazem.... Logo, não foram divulgados e mais ninguém senão a cultura que os sustém acreditam neles.

Enfim, é só uma opinião.

Beijinhos e continuem. =)

Anónimo disse...

Eu discordo do senhor John Kirk quanto ao chupa-cabras não ser um críptido,baseando-se no fato de que apenas "pessoas que falam espanhol" tenham os avistado.Não é verdade,pois no Brasil(onde moro)existem muitos relatos de animais que apareceram mortos com estranhas mordidas e sem sangue,o que lembra muito os relatos de ataques do chupa-cabras.Vocês poderiam argumentar que por o Brasil estar cercado de países cuja maior parte da população descende de espanhóis algumas lendas espanholas influenciaram o nosso folclore,etc.Mas esses relatos são mais frequentes na região nordeste do país,que não tem contado com qualquer outra nação,o que dificultaria o intercânbio cultural.