24 maio 2008

Pois é, até nas notícias!!!

Como já ouvimos dizer, a Criptozoologia é a ciência que todos conhecem mas nunca ninguém ouviu falar.

Queremos com isto dizer, que apesar de muitos críptidos serem conhecidos um pouco por todo o mundo, quase ninguém faz ideia que existe MESMO uma ciência que se dedica, de corpo e alma, ao estudo destes bicharocos que teimam em não aparecer.

Qual não foi o nosso espanto, quando ao abrirmos a revista Super-Interessante do passado mês de Fevereiro, encontrámos quatro páginas inteiramente dedicadas à nossa amiga e conhecida lula gigante. Ainda mais espantados ficámos, quando, por entre as linhas do documento surgiu um nome bem nosso conhecido que não estávamos à espera: Criptozoologia.

A referência à «nossa» ciência não passava de uma simples palavra entre tantas outras, mas esta foi a primeira vez que encontrámos o seu nome escrito numa revista reconhecida e na nossa língua. Não é que não haja informação aqui na net, mas graças a fontes incorrectas ou a pessoas que acrescentar um novo ponto ao conto, os nossos «primos» brasileiros (sim, podemos afirmar com todo o orgulho que somos a única fonte online sobre a Criptozoologia editada em português e por portugueses) conseguem confundir a Criptozoologia com a Ufologia e afins...

Não será, então, de espantar que o descrédito reine sobre a Criptozoologia.

Pois bem, despedimo-nos com um recorte de jornal... Não a primeira vez que este peixito vos aparece aqui no blog, mas este ainda consegue ser maior que o outro... Vejam só o tamanho do senhor mergulhador a segurar na cauda deste «wanna be caldeirada»...

17 maio 2008

O desacreditar céptico


«A meu ver, não há qualquer razão que leve as pessoas a acreditar na existência de monstros em lagos»

Steuart Campbell

A confirmação da existência do Nessie é algo que vai continuar a assombrar os criptozoólogos por muitos anos. Apesar das provas, evidências e raciocínios lógicos que levam à descredibilização do mito, o folclore e a crença em superstições antigas vão perpetuá-lo nos tempos que estão para vir…

A Ciência necessita, obrigatoriamente, de provas concretas que sirvam de base de apoio a uma determinada tese. E, de facto, existem provas mais do que suficientes para chegar a uma conclusão: “o monstro do Lago Ness não existe” (citação de muitos cépticos).

Todas as provas que indicam a existência de tal criatura ou foram falsificadas, ou mal interpretadas. Recordamos a fotografia do cirurgião como expoente máximo das falsificações e embustes sobre o monstro do Lago Ness. Quanto às provas mal interpretadas, damos o exemplo de avistamentos de lontras e troncos a flutuar, ingenuamente confundidos com o Kelpie, e manchas de cardumes em sonares, que de alguma forma se parecem um ser subaquático de grandes proporções.

A verdade é que, desde a criação deste mito, têm surgido centenas de avistamentos e provas materiais que apenas servem para ridicularizar o mito.

Monstro do Lago Ness



O primeiro relato de um animal de grandes proporções no Lago Ness chega-nos do livro «Life of St. Columba», escrito por volta do século sétimo depois de Cristo, por Adamnan. Aí, o autor relata-nos como é que, em 656 d.C., o Santo salvou a vida a um homem que estava a ser atacado por um «monstro»:

«[…] On another occasion also, when the blessed man was living for some days in the province of the Picts, he was obliged to cross the river Nesa [Ness]; and when he reached the bank of the river, he saw some of the inhabitants burying an unfortunate man, who, according to the account of those who were burying him, was a short time before seized, as he was swimming, and bitten most severely by a monster that lived in the water; his wretched body was, though too late, taken out with a hook, by those who came to his assistance in a boat. The blessed man, on hearing this, was so far from being dismayed, that he directed one of his companions to swim over and row across the coble that was moored at the farther bank. And Lugne Mocumin [Luigne moccu Min] hearing the command of the excellent man, obeyed without the least delay, taking off all his clothes, except his tunic, and leaping into the water. But the monster, which, so far from being satiated, was only roused for more prey, was lying at the bottom of the stream, and when it felt the water disturbed above by the man swimming, suddenly rushed out, and, giving an awful roar, darted after him, with its mouth wide open, as the man swam in the middle of the stream. Then the blessed man observing this, raised his holy hand, while all the rest, brethren as well as strangers, were stupefied with terror, and, invoking the name of God, formed the saving sign of the cross in the air, and commanded the ferocious monster, saying, "Thou shalt go no further, nor touch the man; go back with all speed." Then at the voice of the saint, the monster was terrified, and fled more quickly than if it had been pulled back with ropes, though it had just got so near to Lugne, as he swam, that there was not more than the length of a spear-staff between the man and the beast. Then the brethren seeing that the monster had gone back, and that their comrade Lugne returned to them in the boat safe and sound, were struck with admiration, and gave glory to God in the blessed man. And even the barbarous heathens, who were present, were forced by the greatness of this miracle, which they themselves had seen, to magnify the God of the Christians. […]»

04 maio 2008

O "Polvo Gigante" segundo Júlio Verne


“Olhei também e não consegui reprimir um movimento de repulsa. Diante dos meus olhos, agitava-se um monstro horrível, digno de figurar nas lendas teratológicas. Era um calamar de dimensões colossais, com oito metro d
e comprimento. Avançava às arrecuas com extrema velocidade em direcção ao Nautillus, que fixava com os seus enormes olhos verde-mar. Os seus oito braços, ou antes, os seus oito pés, implantados na cabeça, que valeram a estes animais o nome de cefalópodes, tinham um desenvolvimento duplo do corpo e contorciam-se como a cabeleira das Fúrias. Viam-se distintamente as duzentas e cinquenta ventosas dispostas na face interna dos tentáculos, sob a forma de cápsulas semiesféricas. Por vezes, as ventosas colavam-se ao vidro do painel. A boca do monstro, um bico córneo semelhante ao bico de um papagaio, abria-se e fechava-se verticalmente. A língua, substância córnea, armada com varias fiadas de dentes agudos, saía trémula daquela verdadeira guilhotina. Que fantasia da natureza! Um molusco com bico de ave! O corpo, fusiforme e bojudo no meio, formava uma massa carnuda que devia pesar vinte a vinte e cinco mil quilos.”



20.000 Léguas Submarinas, by Júlio Verne, adaptado

A problemática da Criptozoologia: a crença e o conhecimento científico

O seguinte excerto foi retirado da obra de Júlio Verne, “20.000 Léguas Submarinas”. Trata-se de um diálogo entre três personagens; é o exemplo perfeito da problemática da Criptozoologia, ou seja, nesta pequena conversa amigável encontramos o acreditar no mito/lenda e o conhecimento empírico, que corresponde ao domínio da ciência.

Apesar de ter sido escrito em 1869, as suas temáticas continuam (muitíssimo) actuais…

«– Lamento muito – disse Conseil –, gostaria de ver um desses polvos de que tanto ouvi falar e que podem arrastar navios para o fundo dos abismos. A esses animais chamam krak…
– Nunca me farão acreditar que esses animais existem.
– Porque não? – perguntou Conseil. – Acreditámos no nerval.

– E errámos, Conseil.
– Sem dúvida, mas há-de haver muita gente que ainda acredita.
– É provável, mas, quanto a mim, só acreditarei na existência desses monstros quando os dissecar com as minhas próprias mãos.
– E o senhor, acredita nos polvos gigantescos?
– Quem alguma vez acreditou! – exclamou o canadiano.
– Muito gente, amigo Ned.
– Pescadores certamente que não. Talvez sábios!
– Mas eu afirmo que me lembro perfeitamente de ter visto – disse Conseil, com o ar mais sério do mundo – uma grande embarcação arrastada pelos tentáculos de um cefalópode.
– Viu isso? – perguntou o canadiano.

– Sim, Ned.
– Com os seus próprios olhos?
– Com os meus próprios olhos!
– E onde, se não se importa?
– Em Saint-Malo – respondeu Conseil, imperturbável.
– No porto? – perguntou Ned Land, irónico.
– Não. Numa igreja! – respondeu Conseil.

– Numa igreja! – exclamou Ned Land.
– Sim, meu amigo. Era um quadro que representava o polvo.
– Ah! – exclamou o canadiano, desatando a rir. – Essa tem muita piada.
– De facto, ele tem razão – disse eu. – Já ouvi falar desse quadro, mas o animal que representa foi tirado de uma lenda e sabem o crédito que se deve dar a lendas em matéria de história natural. Aliás, quando se trata de monstros, a imaginação não tem limites.»




20.000 Léguas Submarinas, by Júlio Verne, adaptado

03 maio 2008

Mongolian Death Worm -Larva da Morte da Mongólia




Nome:
A Larva da Morte da Mongólia é conhecida pelos nómadas do Deserto do Gobi como «allghoi khorkhoi», o que traduzido significa «intestino de vaca», já que o animal se assemelha a um intestino vivo. Devido ao nome original que lhe é atribuído, é muitas vezes confundida como um parasita intestinal, embora não o seja.

Descrição:
»Criatura avermelhada e com pequenas manchas escuras espalhadas pelo corpo;
»Mede entre 2 a 5 pés de comprimento (cerca de 61cm e 1,5m);
»Tão grossa como o braço de uma pessoa;
»A cabeça e a cauda são indistinguíveis, sendo por vezes descrita como tendo estruturas pontiagudas, semelhantes a espinhos em ambas as pontas.


Os relatos sobre este animal surgem-nos do sul do Deserto do Gobi, na fronteira entre a China e a Mongólia, uma das regiões menos exploradas em todo o planeta.

É descrita como sendo extremamente venenosa e mortal, sendo capaz de matar cavalos e camelos sem muita dificuldade. Tem a capacidade de cuspir o seu veneno, capacidade encontrada em várias cobras, embora nenhuma delas viva em ambientes semelhantes ao daquela zona da Ásia.

Passa a maior parte do ano debaixo da terra, vindo apenas à superfície nos dois curtos meses em que a chuva cai no Gobi.

Durante anos, os regimes comunistas impediram quaisquer buscas pelo animal, mas mesmo recentemente nenhuma tentativa de encontrar este verme mortal teve sucesso. A maioria dos relatos são consistentes , pelo devem ser considerados como prova de que existe um animal verdadeiro escondido nas vastas e longínquas areias do Gobi.

Em baixo, as areias do Gobi, mesmo a norte dos Himalaias, sobressaem do resto do verde da imagem.