O maior carnívoro que já existiu viveu, provavelmente, entre 20 a 16 milhões de anos atrás. A sua recente popularidade deve-se, em grande parte, a vários romances que propõe que a espécie não está extinta. Proposta essa, que também partiu de alguns Criptozoólogos que acreditam, quase piamente, na actual existência do tubarão.
Os fósseis foram descobertos em sítios muito variados: Europa, Malta, América do Norte e do Sul, Japão, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e Índia. Na altura em que o Megalodon viveu, os oceanos eram muito mais quentes do que são na modernidade, daí ser possível encontrar vestígios da sua existência em regiões que hoje não sejam banhadas por águas quentes.
Pensa-se que o Megalodon se alimentava principalmente de baleias primitivas e que as caçava de um modo semelhante ao do actual tubarão-branco, ou seja, seguia a presa por baixo, até que, numa subida inesperada atacava o animal com uma única dentada, que devia ser muitas vezes fatal.
A comunidade científica concorda que a extinção do Megalodon se deveu a bruscas alterações climáticas e geológicas: no final do Plistocénico, muitas espécies de baleias migraram para os pólos e para outras zonas de águas mais frias, ficando fora do alcance do Megalodon. Posteriormente, na Primeira Idade do Gelo, o congelamento das águas fez com que as correntes marítimas se alterassem , resultando num recuo do nível das águas do mar em diversos locais que serviam de habitat ao Megalodon.
Muitos cientistas, seguindo vários avistamentos de tubarões gigantes, um pouco por todo o mundo, defendem a ideia de que o Megalodon não desapareceu do nosso mundo e continua a nadar nas profundezas dos mares. É justamente aí que entra a Criptozoologia.
A prova mais conhecida e aclamada, por assim dizer, que muitos usam como base para sustentar uma possível actual existência do Megalodon, foi a descoberta de dentes de tubarão de dimensões muito semelhantes às do Megalodon, mas que, ao contrário de todos os outros dentes encontrados, estes não apresentavam as características marcas de fossilização.
«Se os Megalodon viveram até à 10000 anos atrás, porque não até aos dias de hoje?». É esta a principal interrogação que os Criptozoólogos utilizam como fundamento. Há, no entanto, o contraponto. Isto é, muitos cientistas, depois da análise química e dos estratos geológicos onde foram encontrados esses dentes "frescos", concluíram que esse aspecto apenas se deve aos vários minerais que os rodeavam, conferindo-lhes um aspecto "menos fossilizado".
Há ainda, as provas circunstanciais das testemunhas oculares. Existem vários relatos de "um tubarão descomunal, por vezes branco, por vezes azulado e noutras ocasiões acastanhado com pequenas manchas na pele". Uma leitura atenta desses relatos mostra que muitos desses alegados "encontros" foram meras confusões com um animal bastante conhecido hoje: o tubarão-baleia, o maior tubarão existente.
Comparação de um Megalodon (cinza) com o actual tubarão branco e um mergulhador humano.
1 comentário:
Tenho que admitir,eu sempre tive "medo" de tubarões mas isto é, MONSTRUOSO!Agora a sério, gosto muito do vosso blog, e depois de ter afixado os posteres no colégio, acho que muita gente se vai entreter a ler o vosso blog ...Mas para falar pessoalmente acho mesmo muito interessante a Criptozoologia.
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